4 de set. de 2008

Camafeu de Nozes

Fico sem palavras para falar de alguém que escreveu um texto pra mim que me deixou passada e envelopada. Enquanto lia, senti todos os tipos de emoções, desde me cagar de rir até escorrer uma lágrima borrada de rímel no canto do olho, é sim, de rímel porque por ela tem que escorrer o rímel também. Todas as palavras que foram escritas, estavam bem alinhas e bem coerentes porque ela não só fala, também escreve como ninguém. Desde o primeiro trabalho de faculdade disse: - Caralho, como vc escreve bem, vai trabalhar com isso. E se ela tem o dom das palavras não é a toa, é sim porque além que ser alguém com muitas referências, ela é alguém referente. A quem a gente se refere quando pensa, fala ou conta algo. Fora que ela lê como uma “rata” de biblioteca (eu sei que ela não gosta de ratos, mas como meu vocabulário é escasso, só achei essa definição nele) mas não de uma biblioteca comum, e sim aquela no sul da frança onde tem desde Charles Baudelaire até fotografias de Guy Bourdin, que por sinal foi ela quem me apresentou, aquela com cheiro de livro velho, papel de parede vinho e dourado, cadeiras de couro matelassado e Maysa de fundo cantando Ne Me Quitte Pas. Essa sim, que ela entra todos os dias antes de dormir e quando acorda vem tiníndo me contar as “novidades” e fico pasma, aliás acho que um dos poucos momentos que não falo pelos cotovelos é quando estou ouvindo suas histórias, que são sempre tão interessantes, sobre pessoas tão incríveis, histórias que são sempre ditadas com muita individualidade que até me esqueço de falar.
Falando em poucas palavras são as mesmas que nunca nos faltam nas noites intermináveis ao telefone, sim, eu odeio falar no telefone, mas com ela é tão legal que nem vejo a hora e os cigarros passarem. Muitos, quantos maços fumamos juntas, não pelo vício e sim porque é lindo fumar. (você não acha? Meu cu). Passamos muitas tardes alegres regadas de vinho e muuuito blush!! Fora as dancinhas, que sempre fazemos questão. Dias e noites em bares, dois, três lugares diferentes, e tudo está sempre bom. E quando de repente penso que acabou, que nem lembra mais, porque todos esquecem. Então meu telefone toca, bipa, x, e é ela, sempre tão presente, sempre tão perto, como se ontem fosse o último dia que nos vimos e isso me faz tão bem que fico sem palavras para falar dela, não sei com por pra fora, sei o que sinto e que me faz bem mas, o que falar? escrever? Se não dizer que ela é a pessoa mais incrível que conheci na minha vida e que quero tê-la por perto sempre, tanto e toda hora. ( bem presente mesmo ). E afinal o que é um presente? -que assiste pessoalmente? que está no lugar em que se fala? ou pode ser um presente, dado por alguém, x, um presente. E ela é o maior de todos que já ganhei. (cafona, né?) Mas a gente gosta!!! Flá, amo você!!!